Christina Xu é uma daquelas pessoas que, com poucas palavras e algumas piadas sinceras, consegue transformar qualquer ouvinte em um empreendedor social. Atualmente colaboradora da BreadPig, plataforma de venda de produtos geeks, ela possui um currículo extenso na área social e tecnológica, sendo diretora-fundadora do Institute on Higher Awesome Studies da Awesome Foundation ,organização sem fins lucrativos dedicada a incentivar boas ideias ao redor do mundo, e co-fundadora do ROFLCon, conferência de internet do MIT.
Christina esteve no Brasil em fevereiro, quando participou da Campus Party e do Social Media Week, com apresentações marcadas por uma mensagem inspiradora: o humor e a tecnologia podem salvar o mundo. “Uma parte importante na tentativa de melhorar o mundo com a ajuda das mídias sociais é reunir pessoas e fazer com que elas fiquem animadas em realizar algo em comum”, afirma.
E porque o humor é uma ferramenta tão importante nesse processo? Christina listou alguns pontos fortes. Para ela, o humor é um formato geralmente fácil de entender e difícil de censurar, sendo uma boa alternativa para aliviar o peso de temas mais sensíveis e difíceis. Basta observar sites como o 9gag e o número de páginas humorísticas no Facebook para entender o que ela está falando.
Além deles, os próprios BreadPig e Awesome Foundation são bons exemplos de humor sem apelação como ferramenta de empreendedorismo social. O primeiro vende objetos geeks – como histórias em quadrinhos e camisetas – e converte os lucros para ações sociais como construção de escolas em países pobres. O segundo utiliza um sistema de crowdfunding para realizar projetos de tecnologia com impacto social, como a criação de um satélite caseiro que registra imagens de derramamentos de óleo no Golfo do México.
Você acha que o humor utilizado em campanhas sociais de empresas e instituições continua sendo um tabu?
CX: Acredito que isso ainda ocorra um pouco. Mas não é motivo para que as pessoas parem de tentar. Embora muitas organizações sociais realizem trabalhos sérios, elas continuam apresentando campanhas que mostram imagens chocantes de crianças famintas e desamparadas. Essa forma de tentar chocar está sendo conhecida como “pornô da pobreza” (poverty porn).
Quais são as origens disso?
CX: Isso vem de um histórico distorcido da filantropia, baseada em uma noção de que essas pessoas que precisam de ajudam não sabem o que é preciso fazer para consegui-la. É algo relacionado a ajudar assumindo o controle. E isso tem se mostrado como uma péssima estratégia.
Quais seriam bons passos iniciais para começar a usar o humor em um projeto social?
CX: Tente direcionar o humor para as pessoas que você quer atingir em vez daquelas que você quer ajudar. É necessário criar um clima de humor permanente, seja em eventos que você produz, seja nas redes sociais. É a melhor maneira para engajar pessoas e consumidores em torno de uma causa. Isso faz com que as pessoas encarem projetos sociais como algo dinâmico, sejam eles de empresas ou de instituições. Basicamente, faça tudo de um jeito mais divertido.
E o papel das mídias sociais nesse processo?
CX: Muitas das ONGs e empreendimentos sociais americanos já começaram a mostrar o senso de humor dentro desses canais. Há alguns meses atrás, alguém da Cruz Vermelha tuitou que ia beber muito na festa de fim de ano, só que ele fez isso na conta da organização. Em vez de demiti-lo, a instituição simplesmente admitiu o erro e ainda tentou passar uma mensagem divertida sobre beber responsavelmente.
Christina esteve no Brasil em fevereiro, quando participou da Campus Party e do Social Media Week, com apresentações marcadas por uma mensagem inspiradora: o humor e a tecnologia podem salvar o mundo. “Uma parte importante na tentativa de melhorar o mundo com a ajuda das mídias sociais é reunir pessoas e fazer com que elas fiquem animadas em realizar algo em comum”, afirma.
E porque o humor é uma ferramenta tão importante nesse processo? Christina listou alguns pontos fortes. Para ela, o humor é um formato geralmente fácil de entender e difícil de censurar, sendo uma boa alternativa para aliviar o peso de temas mais sensíveis e difíceis. Basta observar sites como o 9gag e o número de páginas humorísticas no Facebook para entender o que ela está falando.
Além deles, os próprios BreadPig e Awesome Foundation são bons exemplos de humor sem apelação como ferramenta de empreendedorismo social. O primeiro vende objetos geeks – como histórias em quadrinhos e camisetas – e converte os lucros para ações sociais como construção de escolas em países pobres. O segundo utiliza um sistema de crowdfunding para realizar projetos de tecnologia com impacto social, como a criação de um satélite caseiro que registra imagens de derramamentos de óleo no Golfo do México.
Você acha que o humor utilizado em campanhas sociais de empresas e instituições continua sendo um tabu?
CX: Acredito que isso ainda ocorra um pouco. Mas não é motivo para que as pessoas parem de tentar. Embora muitas organizações sociais realizem trabalhos sérios, elas continuam apresentando campanhas que mostram imagens chocantes de crianças famintas e desamparadas. Essa forma de tentar chocar está sendo conhecida como “pornô da pobreza” (poverty porn).
Quais são as origens disso?
CX: Isso vem de um histórico distorcido da filantropia, baseada em uma noção de que essas pessoas que precisam de ajudam não sabem o que é preciso fazer para consegui-la. É algo relacionado a ajudar assumindo o controle. E isso tem se mostrado como uma péssima estratégia.
Quais seriam bons passos iniciais para começar a usar o humor em um projeto social?
CX: Tente direcionar o humor para as pessoas que você quer atingir em vez daquelas que você quer ajudar. É necessário criar um clima de humor permanente, seja em eventos que você produz, seja nas redes sociais. É a melhor maneira para engajar pessoas e consumidores em torno de uma causa. Isso faz com que as pessoas encarem projetos sociais como algo dinâmico, sejam eles de empresas ou de instituições. Basicamente, faça tudo de um jeito mais divertido.
E o papel das mídias sociais nesse processo?
CX: Muitas das ONGs e empreendimentos sociais americanos já começaram a mostrar o senso de humor dentro desses canais. Há alguns meses atrás, alguém da Cruz Vermelha tuitou que ia beber muito na festa de fim de ano, só que ele fez isso na conta da organização. Em vez de demiti-lo, a instituição simplesmente admitiu o erro e ainda tentou passar uma mensagem divertida sobre beber responsavelmente.
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